«Mais que tudo, hoje celebramos a unidade no continente», afirmou o embaixador do Djibuti, Nasser Mohamed Ousbo, ao discursar no Parque dos Próceres Africanos, depois de, juntamente com o comandante cubano Víctor Dreke, ter homenageado com flores os «ilustres heróis» da emancipação dos povos de África.
«Estes homens e mulheres não morreram em vão; fizeram-no pelas suas ideias, pela independência e a emancipação dos seus respectivos países. Depois da independência, prosseguiram a luta pelo panafricanismo comunitário, político e económico de que somos herdeiros», afirmou Ousbo, decano do corpo diplomático africano em Cuba.
A irmandade com Cuba esteve em destaque e o embaixador agradeceu o apoio aos esforços e às lutas pela descolonização e à resistência ao neocolonialismo. «Em particular, quero destacar a grandeza do povo cubano pela sua solidariedade sem fronteiras e a sua resistência frente ao injusto e criminoso bloqueio», frisou, citado pela Prensa Latina.
Por seu lado, Dreke, ex-comandante das Forças Armadas Revolucionárias e que actualmente preside à Associação de Amizade Cuba-África, fez uma breve resenha histórica do significado de África para a comunidade internacional, os altos e baixos por que passaram os países africanos, muitos dos quais espoliados por potências estrangeiras.
Recordou que a cimeira da União Africana celebrada em Fevereiro defendeu que este seja o «Século de África», para que em 2063 os seus povos possam ter desenvolvimento regional, próspero, integrado, pacífico e inclusivo, refere a fonte.
O Dia de África, antes conhecido como Dia da Liberdade Africana ou Dia da Libertação, celebra-se anualmente a 25 de Maio, dentro e fora do continente.
Coincidindo com o dia da fundação da Organização da Unidade Africana (25 de Maio de 1963), hoje União Africana, visa dar a conhecer as necessidades e os desafios que os países do continente enfrentam, assim como reivindicar os avanços alcançados a nível socioeconómico e a libertação do colonialismo.
Em Cuba, o programa de comemorações, que se prolonga até dia 25, inclui conferências, visitas a locais históricos, encontros solidários, homenagens, reuniões com estudantes africanos na Ilha e música.
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