O presidente cubano disse aos delegados, este sábado, que só a cultura e a educação têm a capacidade de ser o antídoto contra a manipulação das audiências, e que, no actual contexto de guerra económica e cultural, é crucial fomentar o pensamento crítico.
«A cultura é uma substância fundamental da unidade, que é, por sua vez, o elemento estratégico de sobrevivência de um país pequeno e sitiado por um império sempre sedento de poder, que nunca renunciou a possuir-nos, pela força ou pela sedução», disse o chefe de Estado, citado pela Prensa Latina.
Díaz-Canel destacou que a guerra cultural movida pelo imperialismo e a direita tem um forte componente simbólico e psicológico de intoxicação mediática que aponta directamente contra a unidade popular.
Afirmando que a arte e a cultura reforçam o sentimento de Pátria, o presidente cubano destacou também o seu papel estimulante e curativo, patente nestes dias diante dos danos causados pela passagem do furacão Oscar no Oriente da Ilha, onde o trabalho dos artistas se torna vital para a recuperação espiritual dos habitantes afectados pelo fenómeno.
Na segunda e última jornada de trabalhos do X Congresso da Uneac, os membros da organização elegeram Marta Bonet como presidente para os próximos cinco anos.
Magda Resik foi confirmada como primeira vice-presidente, enquanto Alfredo Sosabravo, Abel Prieto, Eduardo Torres Cuevas, Aurora Bosch, Frank Fernández e Carmen Solar foram designados como novos membros de honra da Uneac.
A cultura é o que se salva primeiro
No Palácio das Convenções, interveio também este sábado a presidente da organização, Marta Bonet, que frisou a importância da frase pronunciada por Fidel Castro: «A cultura é a primeira coisa a salvar.»
Bonet instou os membros da Uneac a continuarem a defender a pátria e a sua cultura, hoje mais que nunca, num contexto de aguda crise económica e social, agravado por décadas de bloqueio imperialista norte-americano.
A presidente da Uneac disse que o imperialismo quer isolar os artistas, incomunicá-los uns com os outros e com o Estado, e, por isso, ataca com ferocidade aqueles que não romperam os seus laços institucionais, aqueles que permanecem no país, refere a Prensa Latina.
Na jornada inaugural (sexta-feira), houve sessões dedicadas à análise de questões vitais para a vanguarda artística e literária, e a vice-ministra da Cultura, Inés María Champan, reconheceu o trabalho dos criadores cubanos, que, na situação complexa do país, mantêm o trabalho comunitário e noutros espaços, de modo a levar o melhor da cultura aos públicos de todas as províncias cubanas.
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