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Enquanto a oposição realiza um «plesbicito» inconstitucional

Ensaio eleitoral na Venezuela: «mensagem democrática a quem insiste no terrorismo»

No mesmo dia em que a oposição ao Governo da República Bolivariana da Venezuela promove um «plesbicito» procurando pôr em causa a Assembleia Nacional Constituinte, centenas de milhares de venezuelanos participaram no simulacro para as eleições desta Assembleia, marcadas para 30 de Julho.

Ensaio eleitoral na unidade educativa José de Jesús Ochoa, em Petare
Créditos / AVN

Centenas de milhares de pessoas em todo o país participaram este domingo no ensaio para as eleições da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela, que se realizam no próximo dia 30 de Julho, informa a Alba Ciudad.

O vice-presidente venezuelano, Tareck el Aissami, afirmou hoje que o povo, com a sua participação no «ensaio eleitoral constituinte», está a enviar uma mensagem democrática «a quem insiste no terrorismo e na intervenção estrangeira», reporta a Telesur, acrescentando que o governante fazia referência à direita venezuelana, «que insistiu em promover acções violentas desde Abril, que fizeram mais de 80 mortos e milhares de feridos».

«O nosso país é exemplo de democracia, a Venezuela é o país das vitórias da paz», referiu Aissami, acrescentando que «o povo de hoje é o povo de Bolívar, que acompanha Chavez e que está a apoiar o presidente Nicolás Maduro, que quer mais poder para o povo».

Assegurou ainda à Telesur que «a Constituinte que se pretende procura entregar o poder ao povo para um diálogo político superior».

«Plebiscito» é inconstitucional

No dia 3 de Julho, dirigentes dos partidos integrados na plataforma opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), anunciaram a realização de um plebiscito sobre a Assembleia Nacional Constituinte. Na ocasião não foram dados detalhes sobre o processo da consulta, que não possui carácter vinculativo e não foi organizada pelo Conselho Nacional Eleitoral.

A oposição afirma defender a Constituição contra a Assembleia Constituinte, mas o que é facto é que a figura do «plebiscito» não existe na Constituição da República Bolivariana da Venezuela, aprovada em 1999.

A Magna Carta venezuelana contempla referendos consultivos, ab-rogatórios e revogatórios, para cuja realização existe uma série de leis e regulamentos, informou a Alba Ciudad na ocasião. De igual forma, existe um poder público, o Eleitoral, que tem a seu cargo a planificação e a realização destas consultas.

Preparação das eleições

Segundo a Alba Ciudad, citando a Agencia Venezolana de Noticias, para o ensaio eleitoral foram activados 551 centros de votação, onde funcionaram um total de 1942 máquinas de votação.

A presidente do Poder Eleitoral, Tibisay Lucena, destacou que neste ensaio se pode constatar que o processo eleitoral do próximo dia 30 de Julho é fácil e rápido, observando que o tempo médio é de 16 segundos em frente à máquina de votação.

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