À iniciativa da Federação Democrática da Juventude da Índia (DYFI, na sigla em inglês) aderiram dirigentes e activistas sindicais, trabalhadores, estudantes, dirigentes partidários de esquerda, personalidades do mundo da cultura e pessoas de todas as idades, refere o portal outlookindia.com.
A organização juvenil de esquerda, que estima em mais de dois milhões os participantes no cordão humano deste sábado, dinamizou-o em protesto contra aquilo que classifica como «abandono, negligência e discriminação» por parte do executivo de Narendra Modi em relação ao estado do Sul da índia.
A DYFI acusa o governo central, liderado pelo Bharatiya Janata Party (BJP), de asfixiar o governo estadual de Kerala ao recusar-lhe a parte devida das receitas do Estado, bem como os apoios centrais a programas sociais e projectos de desenvolvimento pelos quais o estado se tornou conhecido.
Com a iniciativa, pretendeu denunciar igualmente a falta de infra-estruturas ferroviárias adequadas ao estado, as «políticas discriminatórias» que sofre e uma atitude geral anti-Kerala, onde governa a Frente de Esquerda.
Actuais e antigos dirigentes da federação participaram no cordão humano, que se estendeu por cerca de 650 quilómetros, unindo o distrito mais a norte (Kasaragod) e o mais a sul (Thiruvananthapuram) do estado.
M. V. Govindan Master, secretário estadual do Partido Comunista da Índia (Marxista), esteve presente junto à Raj Bhavan (residência oficial do governador), tendo acusado o governo central de «trair os interesses do povo de Kerala ao perturbar princípios federais».
Dirigentes da DYFI e do Partido Comunista da Índia também expressaram o seu desacordo com a forma de actuar do governo de Modi, que, afirmam, prejudica o desenvolvimento de Kerala e a sua economia, e conduzem ao aumento do desemprego.
Outras vozes destacaram a ampla adesão popular à iniciativa de protesto, bem como a de figuras conhecidas das áreas da literatura, como o escritor T. Padmanabhan, e o poeta Balachandran Chullikkad, refere a fonte.
A preceder o evento, membros da Federação Democrática da Juventude da Índia levaram a cabo uma intensa campanha de apelo à mobilização e sessões públicas de informação, também em zonas rurais, a explicar à população as razões subjacentes ao protesto.
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