«Cumpri a Constituição e, a partir de hoje, assumo a presidência da República para o período 2019-2025. Estou aqui, pronto, de pé, para democraticamente conduzir o rumo da nossa Pátria a um futuro melhor, a um destino superior. Cumprimos e continuaremos a cumprir a Constituição» e a defender a «democracia para o nosso povo», disse o presidente Nicolás Maduro no decorrer da tomada de posse, citado pela VTV.
Na cerimónia, que teve lugar no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Caracas, o chefe de Estado venezuelano afirmou que, com este acto, «se reafirma a paz da República» e acrescentou: «Digo ao povo: esta faixa é tua, este poder é teu, não da oligarquia, não do imperialismo; é do povo soberano da Venezuela».
Na sua intervenção, já depois de empossado, Nicolás Maduro sublinhou a solidez da democracia venezuelana, um país onde, desde a chegada do Comandante Hugo Chávez ao poder, se realizaram 25 eleições – 23 das quais foram vencidas pelas «forças revolucionárias».
Insistiu que, no país caribenho, existe uma «democracia sólida, profunda, popular e revolucionária, da classe trabalhadora, dos humildes, dos trabalhadores, do povo», e «não uma democracia das elites e dos magnatas».
Lembrou ainda, a este propósito, que no passado dia 20 de Maio foi reeleito como chefe de Estado, tendo obtido 67,84% dos votos.
No seu discurso, recordou também a campanha mediática criada contra a Venezuela. «Há pelo menos 20 anos que o país é submetido a uma campanha de manipulação», disse, sublinhando a necessidade de o país se defender «da manipulação, da mentira, das emboscadas».
Apelo à defesa da liberdade, da soberania e da integração
Nicolás Maduro disse que o mundo é maior que o imperialismo norte-americano e os seus governos satélites. «Há um mundo de pé e a Venezuela está na primeira linha dessa batalha», afirmou, fazendo um apelo aos povos do mundo para que retomem as bandeiras da defesa da liberdade e da independência.
Destacou também a importância de reforçar os blocos de integração regional – Unasul, Celac, ALBA –, que «estão a ser seriamente ameaçados porque se pretende impor novamente a ideologia intolerante, imperialista, intervencionista que caracterizou o século XX da América Latina e das Caraíbas», indica a TeleSur.
A cerimónia de tomada de posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela foi reconhecida, pelo menos, por 112 países, refere a mesma fonte, tendo contado com a presença de diversos chefes de Estado e primeiros-ministros, além de delegações de alto nível de países de todos os continentes.
Nicolás Maduro terá ainda de se apresentar na Assembleia Nacional Constituinte, de modo a ser reconhecido pelo órgão plenipotenciário que convocou as eleições presidenciais de 20 de Maio.
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