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Obrador exorta a ONU a fazer mais pela paz no Médio Oriente

O presidente do México afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve fazer mais e que os seus funcionários «nem deviam dormir» para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Grupo de palestinianos atravessa uma zona destruída pelas forças israelitas no campo de refugiados de Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza, a 30 de Maio de 2024 CréditosMahmoud Issa / Al Jazeera

Na habitual conferência de imprensa diária, Andrés Manuel López Obrador disse, esta quarta-feira, que «a ONU deve trabalhar mais nisso», que os seus funcionários «deviam sair das suas rotinas», que «nem deviam dormir estes dias», tendo como meta principal travar a guerra e alcançar a paz na Faixa de Gaza.

No Palácio Nacional, na Cidade do México, Obrador defendeu igualmente que as Nações Unidas devem envolver-se mais na resolução das divergências entre os vários envolvidos na guerra da Ucrânia. «Dois propósitos, dois objectivos. Deve-se falar com todos e fazer reuniões», disse, citado pelo portal latamnews.lat.

Ao ser questionado sobre a intervenção do México no processo por genocídio avançado pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), López Obrador referiu que isso «faz parte da nossa política externa, que é resolver os conflitos pela via pacífica».

O chefe de Estado disse que o seu país não é a favor de nenhuma atitude que «implique um maior agravamento do conflito».

«Desejamos que pare a guerra, porque já há milhares de mortos, muitos inocentes, entre eles, crianças, mas precisamos de convencer os belicistas e continuar a pedir o cessar-fogo», disse, reafirmando que, «agora, o mais importante é conseguir a paz».

O Estado mexicano, que não reconhece a Palestina como estado independente, tem condenado em diversas ocasiões os ataques das forças de ocupação sionistas contra o enclave costeiro palestiniano, nomeadamente contra Rafah, onde Israel matou dezenas de pessoas deslocadas nos últimos dias.

Os bombardeamentos israelitas prosseguem na Faixa de Gaza e, de acordo com a Wafa, provocaram dezenas de vítimas mortais e feridos nas últimas horas.

Em oito meses de guerra de agressão, as forças israelitas provocaram a morte a pelo menos 36 224 palestinianos (havendo ainda milhares de corpos sob os escombros) e 81 777 feridos, segundo dados divulgados pelo Ministério palestiniano da Saúde.

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