O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou em comunicado, em comunicado, mais uma detenção arbitrária de um dirigente, acto que classificou de «atentado monstruoso» às liberdades.
Segundo o comunicado do PAIGC, Bacai Sanhá, membro do seu Comité Central e filho do antigo Presidente da República Malam Bacai Sanhá, «foi interceptado por agentes da Guarda Nacional em território guineense quando em viagem a Zinguichor (Senegal) para dar assistência à sua esposa, que se encontra em tratamento médico naquele país vizinho».
Para o partido, este é «mais um entre tantos actos de violência que o país vem assistindo à luz do dia», com a particularidade de serem sempre contra «dirigentes do PAIGC».
«Mais uma vez perante os olhares incrédulos e revoltados do povo guineense», refere o comunicado, um cidadão é capturado e levado «para as instalações da Guarda Nacional, em Bissau, sem culpa formada».
«O camarada Bacai Sanhá foi submetido a violência psicológica, interrogatórios durante horas, tendo sido deixado à espera de ordens superiores para saber que destino lhe seria imposto», indigna-se o partido.
Bacai Sinhá ocupava as funções de secretário de Estado das Comunidades no Governo liderado pelo primeiro-ministro Aristides Gomes, deposto pelo actual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
O «pretexto para a prisão abusiva e arbitrária», segundo o partido, foi o de que estaria a organizar a fuga de Aristides Gomes, refugiado na delegação da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bissau.
O PAIGC lamenta o «silêncio ensurdecedor» dos parceiros da Guiné-Bissau, da sociedade civil e da comunidade internacional.
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