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Panamenhos exigem o fim do genocídio do povo palestiniano

O Comité Panamenho de Solidariedade com a Palestina foi responsável pela mais recente das acções patenteadas no país centro-americano para exigir o fim do genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza.

Intervenção durante a concentração frente à Embaixada de Israel no Panamá, a 28 de Dezembro de 2023 
Créditos / @copasolpa

Em conjunto com outras organizações, o Comité promoveu a realização de uma concentração frente à Embaixada de Israel na Cidade do Panamá, para denunciar as atrocidades e exigir o fim dos bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza.

Durante a iniciativa, que teve lugar na quinta-feira sob o lema «Alto ao massacre do povo e da infância de Gaza. Não ao Herodes sionista», as organizações promotoras repudiaram de forma enérgica os abusos cometidos há mais de dois meses e meio contra o povo palestiniano no enclave, com um saldo de vítimas mortais superior a 22 mil.

Na Cisjordânia ocupada, as acções violentas da ocupação também aumentaram nos últimos meses, tendo provocado pelo menos 300 mortos desde 7 de Outubro (79 dos quais menores, segundo a Wafa). O número de detidos é superior a 4800.

Ao intervir, Esmeralda Oribio, do Movimento Patriótico Estanislao Oribio Williams, insistiu no termo «genocídio», bem como no facto de o povo palestiniano estar a resistir. «Somos todos Palestina livre», clamou.

Participantes numa iniciativa solidária com a Palestina no Panamá / @copasolpa

Por seu lado, a coordenadora geral do Comité Panamenho de Solidariedade com a Palestina, Anayansi Turner, disse que «o sionismo se tornou um Herodes dos tempos modernos», em alusão às mais de 8000 crianças mortas pelos bombardeamentos israelitas, e exigiu a aplicação do direito internacional, lembrando as populações civis massacradas, segundo se pode apreciar em vídeos publicados na conta de Twitter do Comité.

Os presentes, que criticaram a Organização das Nações Unidas pela sua «inoperância e submissão» aos ditames dos Estados Unidos, aproveitaram ainda o protesto para recordar a invasão do Panamá pelos EUA, a 20 de Dezembro de 1989, «durante a qual se estrearam, como experiência, armamentos e tecnologias sofisticadas, e que provocou milhares de mortos e desaparecidos».

A 34 anos da invasão, os participantes na concentração lamentaram que ainda não tenha havido qualquer acção de reparação, especialmente depois de a Organização dos Estados Americanos ter considerado, em 2018, que os Estados Unidos cometeram múltiplos actos de violação dos direitos humanos no Panamá, devendo por isso haver uma reparação.

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