|Síria

Pelo menos cinco mortos em ataque israelita contra território sírio

Cinco pessoas perderam a vida, incluindo um civil, na sequência do ataque com mísseis perpetrado por Israel, esta sexta-feira à noite, contra o município sírio de Masyaf, informou o Ministério da Defesa.

Incêndio em Masyaf, na província síria de Hama, na sequência do ataque israelita desta sexta-feira 
Créditos / Al Mayadeen

Numa nota divulgada pela agência estatal SANA, uma fonte militar síria refere que as baterias de defesa anti-aérea entraram em acção ontem à noite contra mísseis disparados por caças israelitas, em Masyaf (província de Hama), cerca de 200 quilómetros a norte de Damasco.

A fonte revela que, às 20h23 (hora local), «o inimigo israelita lançou uma agressão com mísseis a partir do Mar Mediterrâneo, a ocidente da cidade costeira de Banyas, contra alguns pontos na Região Central» do país.

Apesar da «eficácia» da defesa anti-aérea, que interceptou a maioria dos mísseis, o ataque provocou a morte de cinco pessoas, entre as quais um civil, enquanto outras sete, incluindo uma criança, ficaram feridas. Também se registaram danos materiais.

Ao longo deste ano, Israel levou a cabo cerca de uma dezena de ataques contra território sírio. O mais recente, a 10 de Maio, atingiu a localidade de Hadar, na província de Quneitra (Sudoeste).

A 27 de Abril último, um ataque das forças israelitas contra as imediações de Damasco provocou a morte de quatro soldados sírios e deixou outros três feridos.

Israel, com quem a Síria permanece oficialmente em guerra, intensificou os ataques contra o país vizinho desde o início da guerra de agressão, em 2011.

Embora as autoridades israelitas raramente tenham assumido a autoria dos ataques individuais na Síria, quando o fizeram, o pretexto foi quase sempre o de atingir alvos do Irão ou do Hezbollah, que tiveram um papel fundamental na luta contra os grupos terroristas apoiados por potências ocidentais e regionais.

O governo sírio tem condenado estas acções, que encara como forma de desestabilizar o país e de apoiar o terrorismo (também económico), e tem denunciado o silêncio das Nações Unidas, sublinhando o seu direito a defender a integridade territorial e soberania nacional face ao «inimigo israelita» por todos os meios.

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