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Trabalhadores dos museus de Liverpool alcançam vitória após luta de meses

Os trabalhadores organizados no sindicato PCS (estrutura da função pública) aceitaram a proposta apresentada pela National Museums Liverpool, depois de terem realizado mais de 60 dias de greve.

Trabalhadores dos museus em greve Créditos / @PCSLiverpoolMus

Segundo explica o sindicato Public and Commercial Services (PCS), os trabalhadores mantiveram uma «luta firme» contra a retenção, pela National Museums Liverpool, do pagamento único de 1500 libras relacionado com o aumento do custo de vida, que estava incluído na proposta de negociações salariais do governo para 2022/2023.

A luta concretizou-se em mais de 60 dias de greve ao longo de meses, que afectaram de forma generalizada o funcionamento de várias galerias e museus, levando inclusive ao encerramento do Museum of Liverpool (Museu de Liverpool), World Museum (Museu do Mundo), International Slavery Museum (Museu Internacional da Escravatura) e Maritime Museum (Museu Marítimo).

Depois de várias propostas avançadas pela entidade patronal que os trabalhadores consideraram inaceitáveis, na terça-feira o sindicato informou-a de que, por larga maioria, estes tinham decidido aceitar a proposta mais recente, depois de já terem sido suspensas as acções de luta previstas na semana passada.

Os trabalhadores dos museus de Liverpool aceitaram «uma proposta com melhorias» que abrange um pagamento único de 1200 libras, mais dois dias de férias por ano e 35% de desconto nos cafés dos museus.

«Congratulamo-nos pelo facto de este conflito ter sido agora concluído com benefícios a longo prazo para os nossos filiados, bem como com um pagamento necessário pelo custo de vida», declarou a estrutura sindical na sua conta de Twitter (X).

A secretária-geral do PCS, Fran Heathcote, saudou os trabalhadores, que, pela «sua força e determinação, venceram este conflito».

«Mantiveram-se firmes em meses de greve e foram agora premiados com um montante significativo e benefícios extra», disse, citada pelo portal do sindicato.

Declarando que o PCS estará sempre com os trabalhadores, Heathcote disse que «esta vitória mostra que há poder num sindicato».

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