Trabalhadores dos transportes urbanos de Kosice conseguem primeira vitória

A adesão à greve, na terça-feira, foi praticamente total. Condutores e outros funcionários da empresa de transportes da cidade de Kosice (DPMK) fizeram greve, depois de os sindicatos andarem há meses a alertar para o subfinanciamento da empresa por parte das autoridades municipais. Também exigiam aumentos salariais e estabilidade no emprego.

Os resultados da greve desta terça-feira foram imediatos, com alguns vereadores e responsáveis pelo transporte a entrarem em negociações com os sindicatos. Ali, segundo refere o portal hlavnespravy.sk, foi firmado um acordo que contempla aumentos de 15% nos salários dos trabalhadores, bem como a alocação de mais verbas para a DPMK, em Março próximo.

Tendo em conta estas negociações, os sindicatos anunciaram que cancelavam a greve prevista para ontem, mas sublinhando que aguardavam pela concretização dos acordos alcançados e que estes não satisfaziam algumas das suas reivindicações.

Segundo refere o portal Peoples Dispatch, o Partido Comunista da Eslováquia (KSS), a Confederação de Organizações Sindicais da República Eslovaca (KOZ SR) e outras formações de esquerda, como o Socialisti.sk e VZDOR, apoiaram a greve e as reivindicações dos trabalhadores.

Numa declaração de apoio à greve, publicada no Facebook, o Socialisti.sk sublinhou que os problemas denunciados pelos trabalhadores dos autocarros, eléctricos e trolleys existem há muito e que, apesar de o alerta de greve ter sido dado em 11 de Janeiro, a empresa «não se preocupou em ver o que se passava».

Porque o transporte público «está em colapso» e não é um direito dos cidadãos na segunda maior cidade da Eslováquia, ao fazer greve, os trabalhadores da DPMK «não estão apenas a exigir a manutenção dos empregos e um aumento dos salários no contexto da inflação», afirma o partido de esquerda eslovaco, sublinhando que «estão a lutar por todo o povo de Kosice».