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Trabalhadores em defesa da Saúde e da Educação na Argentina

A Praça de Maio, em Buenos Aires, foi palco de uma Marcha Branca, com a participação de centenas de trabalhadores, que denunciaram as políticas do governo liderado por Milei e o desinvestimento em ambos sectores.

No Ensino Superior público, esta terça-feira realizou-se a segunda jornada da greve de 48 horas convocada pela Frente Sindical Universitária – com uma adesão superior a 90%.

Todas as organizações que integram a frente sindical destacam a elevada adesão à greve dos trabalhadores docentes e não docentes nas instituições do Ensino Superior argentino, tanto na segunda como na terça-feira, revela o Página 12.

Além de reclamarem aumentos salariais e a melhoria das condições de vida, trabalhadores e estudantes universitários manifestam igualmente a sua oposição ao veto de Javier Milei a uma lei de financiamento da educação e defendem uma universidade pública, federal e gratuita.

Neste contexto, têm-se registado paralisações, plenários, cordões humanos e outras iniciativas para vincar a defesa do ensino público e a oposição às medidas do governo argentino.

Ontem, no quadro da luta contra a política de desinvestimento e os cortes salariais, estudantes e professores universitários realizaram mais de 100 aulas públicas na Praça de Maio, de diferentes cadeiras e cursos.

A iniciativa decorreu desde o início da manhã, nos arredores da Casa Rosada. À tarde, trabalhadores de vários hospitais, como o Garrahan (pediátrico), o Laura Bonaparte (saúde mental) ou o Posadas, entre outros, juntaram-se a docentes e estudantes universitários na Praça de Maio.

Apesar do grande dispositivo policial, médicos, enfermeiros e técnicos manifestaram-se contra os despedimentos, os cortes, os baixos salários e as tentativas de encerrar as unidades hospitalares, refere a Prensa Latina.

Já na praça, realizaram uma demonstração de primeiros socorros, para simbolizar o grave estado do sector e aquilo que trabalhadores e pacientes estão a enfrentar.

Em declarações à imprensa, Tomás, estagiário de Psiquiatría do Laura Bonaparte, disse que ele e os seus colegas estavam a participar na manifestação para exigir melhores salários e denunciar os planos de reestruturação e encerramento do hospital.

Profissionais do Posadas alertaram que este ano já foram despedidas 120 pessoas ali e que o hospital está à beira do colapso.

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