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Uruguai: trabalhadores da banca pública mobilizam-se e prevêem mais acções de luta

No final de uma jornada de greve e mobilização, a Associação de Empregados Bancários do Uruguai anunciou a intensificação das acções reivindicativas, caso o governo continue sem negociar.

Faixa dos trabalhadores bancários em luta no Uruguai, esta segunda-feira 
CréditosSantiago Gómez / aebu.org.uy

Lorena Lavecchia, dirigente da Associação de Empregados Bancários do Uruguai (AEBU), avisou que o sindicato pode paralisar o sistema bancário durante dez dias, no final da marcha que os trabalhadores da banca pública realizaram, esta segunda-feira, até à Praça da Independência, em Montevideu.

Ali, representantes dos trabalhadores entregaram uma carta ao presidente da República, Lacalle Pou, com as suas reivindicações, no contexto de uma greve de 24 horas que, segundo o sindicato, foi «ampla», abarcou todos os bancos públicos e se fez sentir em todo o país.

Em declarações a vários órgãos de comunicação, Lavecchia disse que o Ministério do Trabalho está a tentar que haja uma mediação, mas denunciou que nem o Gabinete do Planeamento e Orçamento, nem o Ministério da Economia e Finanças estão dispostos a sentar-se a negociar com os trabalhadores.

«Tendo por base este bloqueio, não nos resta mais que aprofundar as medidas, porque estão em risco as empresas públicas», disse, citada pelo portal lr21.com.uy.

Negociação colectiva, aumentos salariais, defesa do emprego

No âmbito da discussão do acordo colectivo, o sindicato reclama a defesa de uma negociação de boa-fé que permita alcançar melhorias salariais para os trabalhadores da banca estatal e, desse modo, fazer frente à inflação.

Outra questão a que a AEBU dá grande destaque, na carta entregue a Lacalle Pou, é o preenchimento de todas as vagas existentes, porque, afirma, «os bancos oficiais têm vindo perder nos últimos anos postos de trabalho, em resultado da intensa passagem de trabalhadores à reforma e da restrição de preencher apenas um terço das vagas».

Neste âmbito, o sindicato reclama que sejam integrados nos quadros dos bancos públicos todos os trabalhadores precários que desempenham tarefas permanentes – como subcontratados, bolseiros, supranumerários, estagiários, entre outros.

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