A denúncia é dos vereadores do PCP, que esta quarta-feira viram chumbada uma proposta de âmbito sectorial e territorial «mais vasto». A elaboração do Plano Urbano da Almirante Reis (PU) e a formação de um Gabinete Técnico Local na Avenida, ligando directamente os serviços da Câmara às organizações locais e população, eram algumas das medidas previstas no documento.
Os eleitos comunistas afirmam num comunicado que a votação conjugada de PSD/CDS-PP e PS/Livre levaram antes à aprovação do projecto da autoria do PSD e do CDS-PP, que, denunciam, «segue uma metodologia que aposta numa "campanha de informação" à população, seguida de dois meses de "participação" que correspondem mais à amostragem aleatória do que ao envolvimento efectivo da população». Este projecto, acrescentam, «remete a resolução dos problemas para o desenho urbano apenas do canal da Avenida», e «espera por 2026 para iniciar obras de grande envergadura».
Pelo contrário, o diploma que foi rejeitado previa um conjunto de projectos ou unidades de execução numa óptica mais abrangente, desde logo com o tratamento de espaços públicos como a Praça do Chile ou o Jardim Constantino. Para os comunistas, com o chumbo do projecto perde-se a oportunidade de tratar «aprofundadamente» questões urbanísticas, sociais, ambientais e da mobilidade.
«Perde-se ainda a capacidade de desenvolver uma estratégia inovadora e abrangente para a zona da Avenida e de ensaiar novas formas de planear a cidade, com o enquadramento desta zona da cidade num sistema ecológico urbano que seja um caso de referência nacional e internacional, do ponto de vista da qualidade das soluções urbanísticas, do usufruto pedonal, dos transportes públicos e da mobilidade suave», lê-se na nota.
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