A coligação PCP-PEV revela numa nota de imprensa que a situação registada em Odivelas «é única», no quadro dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, e «reveladora da incapacidade negocial» por parte do Executivo (PS).
Por outro lado, acrescenta, a exclusão da Carris do passe Navegante Municipal «constitui um desvirtuamento dos objectivos da criação do passe modal, que radica precisamente na possibilidade de os viajantes poderem utilizar todos os transportes públicos de todos os operadores, dentro da área dos concelhos com um único título de transporte».
A CDU insurge-se ainda contra as declarações do presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, ao falar de um impacto «residual», porque «abrangeria poucas paragens e percursos pequenos no concelho», e contrapõe, dando exemplos.
«Um munícipe de Odivelas que se desloque das Patameiras para o Senhor Roubado para ali apanhar o metropolitano ou, até, ir ao Centro Cultural da Malaposta assistir a um espectáculo, não pode deslocar-se na Carris sem que detenha o passe Navegante Metropolitano, que é dez euros mais caro que o Municipal», evidencia.
Questionado sobre as críticas, a poucos dias da entrada dos novos passes, Hugo Martins apelidou a oposição de «irresponsável», negando que houvesse «qualquer perda» para os munícipes. «A Carris irá terminar oficialmente no final do ano e, por isso, esta discussão não faz qualquer sentido», desvalorizou então o presidente.
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