Num comunicado enviado à agência Lusa, Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), alerta para a ausência de investimento na nova maternidade na proposta do OE para 2019, defendendo a obra face ao «colapso» das duas actuais maternidades existentes na cidade.
«É grave e estranho este esquecimento, há aqui um sentimento de logro. Por um lado, pede-se que se discuta a maternidade, havendo até a promessa do anterior ministro da Saúde [Adalberto Campos Fernandes], feita em Coimbra, para a sua construção. Por outro, agora, não existem verbas no Orçamento de 2019 para o lançamento da obra», denuncia Carlos Cortes.
«O que a ministra da Saúde tem de esclarecer é se o projecto da nova maternidade é para cumprir ou se as mães, crianças e profissionais foram mesmo enganados», afirma o responsável da Ordem dos Médicos do Centro.
Carlos Cortes manifesta ainda «preocupação» com a necessidade de ser acautelada a capacidade assistencial às grávidas, mães e crianças, «num ambiente sereno, sem a constante preocupação e desgaste dos profissionais de saúde e corpo clínico».
«Os últimos anos têm sido um desafio para todos os profissionais e utentes. As maternidades de Coimbra estão a degradar-se, sem actualização de equipamentos e infra-estruturas, os profissionais estão em dois edifícios distantes, aguardando, precisamente, a construção de uma única maternidade», sustenta.
Por outro lado, o presidente da SRCOM considera «crucial» conhecer o orçamento do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e compará-lo com os outros hospitais centrais do País.
«Seria inaceitável a região Centro continuar a ser discriminada negativamente», alerta Carlos Cortes.
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