A primeira acção de protesto foi dinamizada ao início da tarde pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), junto à estação das Olaias, no Areeiro, uma das três que os CTT pretendem encerrar na cidade de Lisboa.
Pelas 17h, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos da União de Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação, no concelho de Loures, realiza uma vigília contra o encerramento da estação dos Correios de Camarate.
A estação dos CTT de Camarate integra a lista de 22 estações que o grupo pretende encerrar a nível nacional. A população contesta o fecho da estação, bem como o argumento avançado pela empresa de que as estações visadas têm «pouco movimento».
A comissão de utentes admite que esta estação serve cerca de 35 mil habitantes e atende diariamente uma média de 200 pessoas, em particular idosos e empresas locais.
A «degradação do serviço prestado», designadamente o atraso na entrega da correspondência, é outra das queixas manifestadas pela população.
«Novo ataque ao serviço público»
Para amanhã, o MUSP tem agendadas vigílias junto às restantes estações dos CTT que a administração pretende encerrar na capital. Pelas 10h, está marcada uma concentração junto à do Socorro, na freguesia de Santa Maria Maior. Uma hora depois, realiza-se uma acção junto à estação da Junqueira, em Alcântara.
O movimento apela aos utentes para que lutem contra o «novo ataque ao serviço público de proximidade prestado pelos CTT (...), integrado no processo de destruição do serviço postal público e universal iniciado com a privatização», posta em marcha pelo governo do PSD e do CDS-PP.
Em Abrantes, no distrito de Santarém, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho pôs a circular um abaixo-assinado em defesa da estação dos Correios na freguesia de Alferrarede. No texto introdutório sublinha-se que os «CTT privatizados ligam mais aos lucros do que ao serviço que deviam prestar às populações».
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