Foram apenas seis os dias em que Cuba esteve fora da lista arbitrária elaborada por Washington com vista a justificar o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos EUA ao povo cubano, há mais de 60 anos, com impactos severos na saúde e na educação, entre outras áreas.
Após a decisão da Administração de Joe Biden, em pleno final de mandato, Donald Trump, empossado esta segunda-feira, voltou a incluir Cuba na lista de países alegadamente patrocinadores do terrorismo, violando dezenas de resoluções aprovadas pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
«Tal como em 2021, esta é uma medida que procura apertar a guerra económica que os EUA impõem a Cuba, pretendendo agravar o cerco que o criminoso bloqueio causa às condições de vida do povo cubano», reage a Associação de Amizade Portugal-Cuba, através de comunicado. A estrutura adianta que a «exclusão/inclusão arbitrária» confirma que se trata de um instrumento «para alcançar fins políticos através de medidas coercivas unilaterais impostas a países e povos que nada fizeram de errado». Além de, considera, dizer mais «sobre quem a apresenta (e as suas intenções e interesses) do que sobre quantos nela constam». «Trata-se de um acto falso, imoral e hipócrita, por parte de um Estado que é responsável pelo treino, financiamento e apoio a acções terroristas contra Cuba, um povo com provas dadas na luta pela paz e pelo progresso social», denuncia.
Numa reacção na rede social X (ex-Twitter), o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse tratar-se de um «acto de acto de arrogância e desrespeito à verdade», mas não se mostrou surpreendido. «O seu [de Trump] objectivo é continuar a fortalecer a cruel guerra económica contra Cuba com o propósito da dominação», sublinhou.
Condenando as medidas impostas pelas sucessivas administrações norte-americanas, a Associação de Amizade Portugal-Cuba exige respeito pela soberania e independência de Cuba e enaltece a «resistência, dignidade e coragem do povo cubano».
Em 2024, o Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas exigiu aos EUA a exclusão de Cuba da lista «arbitrária e unilateral».
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