Associação sindical fala das condições no Aeroporto de Lisboa

Aumentam as denúncias de falta de agentes e meios na PSP

Agentes da PSP queixam-se da saída de profissionais no Aeroporto de Lisboa. Às condições de trabalho precárias soma-se ainda a falta de formação dos agentes.

«O que nós queremos é que seja cumprido exactamente aquilo que está previsto no OE para 2018, não queremos mais nada», frisa Paulo Rodrigues
CréditosFlickr

A Divisão de Segurança Aeroportuária perdeu, nos últimos dez anos, cem agentes. São agora 255 aqueles que operam no Aeroporto de Lisboa e que se deparam com condições de trabalho precárias, afirmou o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, ao Diário de Notícias.

Segundo o sindicalista, os agentes têm de se fardar em contentores no estacionamento do aeroporto, para além de usarem equipamento degradado. A carrinha com que transportam detidos do avião para a esquadra tem 18 anos, os forros dos bancos rasgados e um radiador que precisa de ser frequentemente reabastecido com água.

A falta de formação é outro problema identificado pelo presidente da ASPP, nomeadamente em manuseamento dos equipamentos do aeroporto, que os agentes não recebem há mais de um ano. Para as máquinas raios-x é necessário um programa informático que custa 50 mil euros, algo que para Paulo Rodrigues não é justificação, uma vez que a PSP «até recebe uma percentagem por cada passageiro que chega ao aeroporto».

Há dias, a associação sindical anunciou que vai pedir esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna sobre a razão de se autorizarem apenas 300 novos polícias para formação, quando estava prevista a entrada de 800. Também o Comandante do Metropolitano do Porto, Miguel Mendes, afirmou, na semana passada, a necessidade urgente de se formarem novos agentes. Desde 2012 o Comando Metropolitano da PSP no Porto perdeu mais de 200 agentes.

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