Em comunicado, a organização patronal destaca a «experiência nacional e internacional» e as «qualidades políticas» do ex-primeiro-ministro e que como tal o mesmo poderá «quebrar o ciclo de relativo empobrecimento» da União Europeia. Esta é a mesma entidade que em Setembro de 2023, quando António Costa ainda estava em funções, entendia que os indicadores económicos eram «preocupantes» e em Outubro do mesmo ano se recusou a assinar o «Acordo de Rendimentos» proposto pelo então governo por considerar ficar aquém das necessidades de Portugal.
Apesar desta ligeira incoerência, a CIP recorda que no Conselho Europeu Extraordinário os dirigentes da União Europeia «assumiram o compromisso de que iriam assegurar uma abordagem capaz de aumentar a produtividade e o crescimento sustentável e inclusivo, construir uma economia sólida, inovadora e resiliente, além de promover o modelo social e económico singular da Europa para impulsionar as transições ecológica e digital e a neutralidade climática da UE».
Deste modo, e tendo interesse nesse compromisso, uma vez que “produtividade” somente significa aumento das margens de lucro para os grandes grupos económicos, a CIP vê em António Costa a capacidade para corresponder aos seus interesses, relegando os interesses e direitos dos trabalhadores para segundo plano.
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