O deputado comunista Jorge Machado pediu a demissão de Júlio Pereira à saída de uma audição ao chefe das secretas portuguesas, que decorreu à porta fechada na Assembleia da República. O secretário-geral do SIRP ocupa o cargo desde a sua criação, em 2005.
A audição ao responsável foi pedida pelo PCP. O PSD e o CDS-PP tentaram travar a iniciativa, mas a equiparação do responsável a secretário de Estado acabou por pesar na viabilização do requerimento. As recentes polémicas que envolveram os serviços de informação justificaram a audição de Júlio Pereira.
Jorge Machado considera que os vários casos colocam em causa a credibilidade dos serviços de informações, por isso «a direção do SIRP não tem condições para prosseguir no exercício das suas funções». Os comunistas voltaram a exigir «uma alteração profunda no modelo de fiscalização dos serviços de informações».
Depois de, nos últimos anos, se terem sucedido casos envolvendo agentes dos serviços de informação e de ter sido divulgado um manual pelo antigo diretor do Serviços de Informações de Estratégia e Defesa que continha procedimentos ilegais de acesso a telecomunicações, um agente do Serviço de Informações e Segurança foi detido em Roma por passar informações a serviços estrangeiros.
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