Os dados divulgados pelo IEFP revelam que, no fim do mês passado, estavam registados 424 359 desempregados em Portugal. É um aumento, em termos homólogos, de 103 801 desempregados, e de 22 105 face a Dezembro último. Estes números coincidem com a não renovação de muitos contratos a prazo no fim do ano e com a aplicação de medidas restritivas de combate à pandemia, nomeadamente com o novo confinamento.
Assim, o número de inscritos no IEFP atinge um novo máximo desde Maio de 2017. Os dados demonstram ainda que são as mulheres em idade activa, os mais jovens, os trabalhadores que têm vínculos precários ou menos qualificações que mais engrossaram estes números.
Se se olhar para as regiões do País, todas foram afectadas, mas foi o Algarve que mais sofreu um aumento em termos homólogos, que ascende a mais 61,3% de desempregados. Os níveis de desemprego nesta região (33 571 pessoas) no passado mês de Janeiro, aproximam-se a passos largos do nível mais elevado atingido no mesmo mês do ano 2013 (37 768), em pleno epríodo de intervenção da troika no País.
Seguem-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com mais 45,3%, e a Madeira, com mais 30% de inscritos nos centros de emprego.
O sector dos serviços foi o mais afectado, com as actividades relativas à hotelaria e restauração com um aumento de 59,9% de desempregados, as profissões administrativas e as ligadas ao imobiliário com uma subida de 47,4% e, no caso dos transportes e armazenagem, com mais 46,5% de desempregados.
Também na indústria, o desemprego aumentou significativamente, com mais 53,5% na área do couro e mais 38,4% no sector da produção automóvel e outros equipamentos de transporte.
Há ainda o registo, em termos homólogos, de mais 22,9% de casais em que ambos os membros estão desempregados.
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