Afirmando tratar-se de um «erro histórico», o PCP acusou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, o Governo do PS de não compreender «a dinâmica da agricultura nacional» nas suas dimensões agrícola, pecuária, silvícola e florestal, e de colocar as políticas «de costas umas para as outras».
O PCP lembra que já tinha defendido, no início da legislatura, que estava em curso «um processo de desarticulação de uma área estratégica», que devia ser «prioritária» para o País, do ponto de vista da defesa da produção nacional, do mundo rural, da natureza e de «um ambiente ecologicamente equilibrado», ou da defesa da floresta contra incêndios.
A intenção anunciada agora pela ministra da Agricultura de retirar à Direcção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) uma parte das competências na área do bem-estar animal confirma, para os comunistas, o processo de desmantelamento do Ministério da Agricultura.
Para o PCP, esta medida é «um passo mais na cedência às pulsões populistas dos que querem impedir a produção animal para a alimentação humana no nosso País», tanto mais «incompreensível», quanto o Governo continua a «promover a concentração da produção, designadamente animal, com os perigos que tal coloca à produção familiar».
Os comunistas denunciam ainda que este processo tem sido articulado com «os interesses do grande agronegócio que, do Ministério, apenas esperam os avultados apoios que recebem, mesmo sem obrigação de produzir».
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