Em causa está a publicidade do Grupo Carnes Sá da Bandeira, sediado em Vila Nova de Gaia, que anuncia a venda de carne de vitela branca para assar, associando-a à imagem de uma mulher em biquíni na praia.
Antevendo argumentos de desvalorização do sucedido, como «o mal está nos olhos de quem o vê», o MDM assume que é tempo de dizer «basta», realçando que, da mesma forma que as mulheres não são mercadoria, «não podem os seus corpos ser usados como tal».
«Estamos fartas de que o corpo da mulher sirva, subliminar ou explicitamente, para vender todo o tipo de produtos, num mercado que tem interesse em vender e que sabe que assim assegura melhor esse objectivo», atesta o movimento em comunicado.
O MDM alerta para o facto de esta prática, «absolutamente vexatória das mulheres», ajudar a manter estereótipos de género, bem como a disseminar e a naturalizar o desrespeito pelas mulheres enquanto seres humanos, que por sua vez «incita à submissão, escárnio e à própria violência contra as mulheres».
Recorda, por outro lado, que este tipo de anúncios viola o código da publicidade e solicita a intervenção da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) junto das entidades competentes pela fiscalização e instrução de processos de contra-ordenações para que a publicidade em causa seja retirada e se apurem todas as responsabilidades e consequências de acordo com o estabelecido na lei.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui