A líder parlamentar do PCP, anunciou que os deputados comunistas não marcarão presença na sessão com Volodymyr Zelensky, sublinhando que o convite ao Presidente ucraniano para intervir no Plenário da Assembleia da República constitui «um acto de instrumentalização de um órgão de soberania, orientado não para contribuir para um caminho de diálogo que promova o cessar-fogo e uma solução negociada do conflito, mas para animar a escalada da guerra e da confrontação política, económica e militar».
Na sua declaração, Paula Santos considera que Volodymyr Zelensky «personifica um poder xenófobo e belicista, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e neonazi». Um poder que «persegue e elimina quem se lhe opõe», como se verificou na Casa dos Sindicatos, em Odessa, quando «cerca de 42 pessoas foram assassinadas, muitas das quais queimadas vivas».
Um poder que, segundo a líder parlamentar comunista, para além de enaltecer «os colaboracionistas das SS nazis na Segunda Guerra Mundial», ataca o direito de opinião e promove a perseguição política, «de que é exemplo recente a prisão de dirigentes da juventude comunista». Um poder que tem em mãos o «processo de ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia» e de repressão de «outras forças democráticas e anti-fascistas», como sucedeu recentemente «com a suspensão da actividade de 11 forças políticas, entre as quais partidos com representação parlamentar».
O PCP reafirma «a necessidade de serem realizados todos os esforços no sentido da paz e contra a escalada da guerra» e que esse objectivo «deve pautar o papel de Portugal e das suas instituições».
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