A CNA denuncia numa nota enviada ao AbrilAbril que o reenvio ao Parlamento, pelo Presidente da República, do projecto de lei aprovado em 5 de Abril, que determinava o regresso da Casa do Douro à esfera pública, «vem acolher as posições» manifestadas designadamente pelos «partidos do "contra"» e pelos «grandes interesses económicos que "reinam" no Douro».
No entender da Confederação, as casas exportadoras e outros grandes interesses económicos e políticos, «que sempre têm explorado o Douro e as suas gentes impondo-lhes, na produção, o mais baixo preço possível», «nunca esconderam que a histórica e genuína Casa do Douro lhes estava "atravessada na garganta" enquanto instituição dos lavradores durienses, construída exactamente para fazer frente a esses mesmos grandes interesses económicos e assim defender a lavoura» na Região Demarcada do Douro.
A CNA insiste que a posição tomada pelo Presidente da República contribui para adiar a resolução de um «problema grave», no qual estão implicados mais de 25 mil vitivinicultores, e exorta os partidos (PS, BE, PCP e PEV) que aprovaram o diploma a manterem-se firmes na defesa da proposta.
Enquanto associação de direito público, a Casa do Douro foi extinta pelo governo do PSD e do CDS-PP, em 31 de Dezembro de 2014, dando cumprimento a um decreto-lei publicado meses antes e que extinguiu também os postos de trabalho.
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