|Protecção Civil

Proteger, alertar e socorrer

As férias podem ser fator de exposição ao risco e de quebra de compromisso com regras elementares de segurança, para adultos e crianças. Informe-se. Cuide da sua segurança. Tenha umas boas férias!

Créditos / Câmara Municipal de Setúbal

Tempo de férias é também tempo de lazer, de recuperação de forças, de convívio familiar, de quebra de rotinas e de planeamento de um novo ano de trabalho. Naturalmente que este tempo, como em muitas coisas no ambiente social que nos rodeia, não é igual para todos.

Porem as férias são também, para muitos, fator de exposição ao risco, de aventura e de quebra de compromisso com regras elementares de segurança, de adultos e crianças.

O passado mês de julho trouxe ao conhecimento público dois acidentes1 envolvendo crianças, em piscinas de empreendimentos turísticos, dos quais resultou a morte de ambos.

Estas ocorrências suscitam muitas interrogações quanto às condições de segurança existentes, ou não, em muitos empreendimentos turísticos.

Desde há muito que defendo a necessidade de se intensificar a fiscalização de segurança nestes espaços de lazer, uma vez que essa fiscalização não é exercida, nuns casos por omissão legal e noutros por omissão da ação inspetiva atribuída a diversas entidades.

Entretanto nestes e em muitos outros acidentes, ficaram evidente graves lacunas na intervenção dos mais próximos das vítimas, comprometendo porventura a eficácia do socorro prestado.

Esta circunstância evidencia a falta de informação e formação dos cidadãos em geral, quanto à conduta que devem adotar na prestação de socorro, quando testemunhem ou protagonizem um qualquer acidente de maior gravidade.

Deste modo e em jeito de contributo para uma cidadania ativa e esclarecida no domínio da segurança comunitária, aduzo algumas recomendações básicas.

Numa situação de acidente, faça por agir de forma racional e tente manter a serenidade conduzindo a sua ação de acordo com os três verbos abaixo identificados:

Proteger – preveja tudo o que possa agravar o acidente, balizando, resguardando e protegendo o acidentado. Afaste o perigo da vítima ou afaste a vítima do perigo, mas sem o colocar a si em perigo.

Alertar – ligue de imediato para o 112. Na impossibilidade de o fazer, pense no local mais próximo para dar aviso e como lá chegar.

Socorrer – recolha o máximo de informação que puder. Examine o acidentado, nomeadamente a respiração, feridas e estado de consciência. Preste assistência, mas lembre-se de que os primeiros socorros mal prestados podem agravar lesões já existentes ou provocar outras.

Em resumo. A sua missão deve consistir em colocar o(s) ferido(s) em segurança e saber dar o alerta (Onde? Quando? Como?)

Afim de facilitar a assistência, deve recolher dados que deem resposta às seguintes questões:

- O que aconteceu? Quantos feridos e gravidade das lesões?

- Como, quando e onde ocorreu o acidente?

- Quantas pessoas estão no local e aptas a prestar ajuda, e de que meios dispõem?

- Condições do tempo.

- Condições de acesso.

A referidas recomendações devem ser complementadas por outras, que estão disponíveis nos sites da ANPC, INEM, Forças de Segurança e Serviços Municipais de Proteção Civil.

Informe-se. Cuide da sua segurança. Tenha umas boas férias!


O autor escreve ao abrigo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (AE90)

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