Na mensagem de abertura oficial da Festa do Avante!, que por razões de segurança sanitária não decorreu, como habitualmente, num espaço físico mas foi transmitida através do sistema sonoro da Quinta da Atalaia, o líder do PCP criticou o que considerou ser um «autêntico arsenal mediático, aproveitando as preocupações legítimas em relação ao surto epidémico», com o objectivo de «pôr em causa direitos políticos constitucionais».
Jerónimo de Sousa alertou para os que vieram «à praça pública invocar hipocritamente razões sanitárias para impedir a Festa», referindo-se também às «figuras destacadas da direita, ex-governantes bem conhecidos, como se tivessem tido um rebate de consciência pelo mal que fizeram ao direito à saúde dos portugueses e ao Serviço Nacional de Saúde», desvalorizando serviços, encerrando milhares de camas, reduzindo o número de profissionais, «que castigaram também nos seus salários, nos seus horários, nas suas carreiras».
«Para além da Festa, não querem que os trabalhadores se mobilizem e lutem, e muito menos que o PCP seja voz e força combatente, dê ânimo e confiança a todos que estão preocupados com as suas vidas. Sim querem-nos quietos, confinados, calados e com temor, porque sabem o que aí vem», sublinhou.
A finalizar, o secretário-geral do PCP apelou ao respeito e ao cumprimento de todas as medidas de protecção sanitária: «usemos a máscara de acordo com o recomendado. Mas não deixemos que nos tapem os olhos em relação à necessidade de continuar a estar e a lutar onde sempre estivemos – com os trabalhadores», independentemente das circunstâncias, «luta inseparável do exercício dos direitos, liberdades e garantias constitucionais».
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