Isto, num quadro em que vários militares, no âmbito do Estado de Emergência, foram já chamados para receber formação, no sentido de dar cumprimento ao disposto na legislação.
Nesse sentido, a ANS, «admitindo e reconhecendo a necessidade de pessoal e a necessária coordenação» com os chefes militares «para o empenhamento destes militares», questiona: qualquer «servidor do Estado que seja, por exemplo diabético ou tenha uma doença respiratória, está abrangido pelo regime dos doentes crónicos, e os militares não estão? Onde entra a regulamentação do trabalho nestas questões? A situação derivada da Covid-19 tem aplicações diferentes para os militares? Até na doença?». Por outro lado, face à conhecida e sentida falta de efectivos, pergunta ainda: «nas suas unidades não tinham estes militares funções e trabalhos atribuídos? Quem passa a desempenhá-los?»
Para a ANS, esta forma de empenhamento pode dar aos cidadãos a ideia errada «de que há militares para responder a todas e demais solicitações, o que não é verdade», para além de não ser também possível «ter cada vez menos efectivos para responder a cada vez mais solicitações!».
Manifestando a sua inquestionável solidariedade com os profissionais de saúde, a ANS sublinha que não é de hoje a falta de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde ou de funcionários públicos. Nem é de hoje a «falta de militares, sobretudo na base da cadeia, sobretudo no plano da execução», conclui.
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