|Administração Local

STAL entrega carta reivindicativa a Ministra da Coesão Territorial

Numa concentração realizada no sábado, enquanto ocorria o Encontro Nacional de Autarcas, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) aproveitou a presença da ministra da Coesão Territorial e entregou uma carta com as suas reivindicações.

CréditosSTAL

O objectivo era encontrar o primeiro-ministro no Encontro Nacional de Autarcas, mas por motivos de agenda este não compareceu e fez-se representar por Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial. Mesmo com tal mudança, os activistas e dirigentes sindicais não desanimaram e quiseram dar a conhecer as suas propostas e reivindicações.

O documento entregue, intitulado «Carta Reivindicativa Imediata dos Trabalhadores da Administração Local», elaborado pela Comissão Executiva do STAL, faz uma análise breve dos problemas sentidos pelos trabalhadores abrangidos pelo STAL mas situada numa realidade nacional marcada pela inflação e aumento do custo de vida impossível de fugir.

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STAL assinala 47 anos reafirmando a luta em defesa dos trabalhadores

É com um almoço-convívio, em Lisboa, que o STAL assinala o seu 47.º aniversário. Será também ocasião para lembrar as dificuldades que os trabalhadores do sector enfrentam e defender as suas reivindicações.

Imagem de arquivo 
Créditos / STAL

O almoço desta quarta-feira, com a participação de dirigentes, trabalhadores e convidados do movimento sindical, no Jardim de Santos, junto à residência oficial do primeiro-ministro, será propício à confraternização, mas igualmente o espaço para relembrar as principais reivindicações dos trabalhadores do sector, afirma em nota enviada à imprensa o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN).

No dia em que cumpre 47 anos de existência – o STAL foi fundado a 24 de Agosto de 1975 –, a organização sindical afirma, como elementos destacados da sua acção, a luta contra o empobrecimento a que os trabalhadores estão sujeitos há mais de uma década, a luta pela valorização dos salários, das carreiras e das profissões, bem como pela dignidade dos trabalhadores deste sector, que, sublinha, são os mais prejudicados da Administração Pública.

«Os trabalhadores e as famílias atravessam um momento de extraordinária dificuldade, marcado pela subida brutal do preço dos bens essenciais, da energia à alimentação (segundo a DECO, o cabaz alimentar subiu 12% entre Março e Agosto) e da taxa anual de inflação, que, segundo o Eurostat, atingiu em Portugal os 9,4% em Julho», lê-se na nota enviada às redacções.

Os valores referidos, destaca o STAL, «contrastam, de forma dramática, com os míseros 0,9% de actualização salarial imposta pelo governo PS este ano na Administração Pública».

Agravam-se, deste modo, «as já grandes dificuldades com que se debatem no seu quotidiano milhares de trabalhadores, cujo poder de compra diminuiu, em média, 15,4% desde 2009», afirma o sindicato.

«São 13 anos consecutivos a perder poder de compra, o que é inaceitável», denuncia.

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Com a análise apresentada, a ministra ficou relembrada que os trabalhadores, desde 2009 até hoje, perderam em média, 15,4% do seu poder de compra e actualmente, com a inflação de 9,1%, viram os salários atualizados apenas em 0,9%.

O sindicato vai ainda mais longe e recorda que a média salarial na Administração Regional e Local se situa nos 1052,80€ (nas Câmaras Municipais 1077,10€; nas Juntas de Freguesia 812,20€) sendo a média de salários nos Assistentes Operacionais de 733,20€. Face a estes valores, e o primeiro-ministro antevendo uma inflação de 7,4% no final de 2022, diz que os aumentos na Administração Pública serão apenas de 2%. A Administração Local é actual o sector no qual se situam os salários mais baixos na Administração Pública.

Após o anúncio do pacote de ajuda às famílias se apresentou com pontual e insuficiente, na carta entregue, o STAL vem propor assim um aumento salarial de 90€ para todos e SMN de 800€ no imediato; um aumento do subsídio de refeição para 7,50€; a correção da Tabela Remuneratória Única; que a contribuição para a ADSE passe a 12 meses/ano eliminando o desconto no próximo subsídio de Natal; a taxação dos lucros aos grandes grupos económicos; o tabelamento dos preços dos bens essenciais, sobretudo, alimentação e energia.

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