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Trabalhadores de monumentos nacionais em Lisboa cumprem greve parcial

Os funcionários da Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos e Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, iniciam esta quinta-feira uma greve de quatro dias, em protesto pela falta de condições de trabalho.

Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa
Créditos / CC0 Creative Commons

A greve parcial, marcada até domingo, decorre entre as 10h e 11h, num protesto dos trabalhadores de três dos mais visitados espaços culturais de Lisboa, para exigir da tutela a resolução de vários problemas antigos.

«Nenhum destes monumentos vai abrir portas à hora prevista. Estamos a falar de assistentes técnicos, trabalhadores das bilheteiras, da validação de bilhetes, de vigilantes de sala», afirmou à Lusa Catarina Simão, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (CGTP-IN).

A dirigente sindical salientou que «os trabalhadores estão exaustos», devido à falta de pessoal nos serviços. «Na Torre de Belém há dois funcionários para dois mil visitantes diários. Nos Jerónimos há seis trabalhadores para um milhão de visitantes por ano», acrescentou

Além das condições laborais precárias, o sindicato refere a falta de limpeza e de condições sanitárias, com a presença de ratos nos espaços de serviços, atrasos no pagamento de trabalho suplementar em dias de eventos, impedimento de dias de gozo de descanso e alteração de período de férias.

Nestes quatro dias de paralisação, à porta da Torre de Belém, do Mosteiro dos Jerónimos e do Museu Nacional de Arqueologia serão distribuídos folhetos, em várias línguas, aos visitantes a denunciar a situação.

Catarina Simão lamentou ainda a falta de contacto com o Ministério da Cultura, referindo que o sindicato pediu reuniões, sem sucesso, com a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) desde que a actual directora, Paula Silva, tomou posse, e que a única reunião com a tutela foi ainda com o ex-ministro João Soares.


Com agência Lusa

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