O comentador, ex-ministro e ex-ministro do PSD foi indicado pela administração do banco público, liderada pelo também ex-ministro do PSD Paulo Macedo, para a presidência da assembleia-geral do banco CGD Angola. Vai substituir um ex-ministro do PS, António Vitorino, que assumiu recentemente o cargo de director-geral da Organização Internacional das Migrações.
O nome de Marques Mendes já foi aprovado pelos restantes accionistas do banco que é detido maioritariamente pela Caixa Geral de Depósitos. Na apresentação da escolha, Paulo Macedo destacou a importância de Marques Mendes integrar a Abreu Advogados, um dos principais escritórios orientados para os negócios. A Abreu tem presença em Angola em parceria com a FBL, uma das principais sociedades de advocacia angolanas.
Para além do comentário dominical na SIC e de ser consultor da Abreu, Marques Mendes é também conselheiro de Estado (nomeado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa) e tem várias ligações a empresas, nomeadamente do sector energético.
A promiscuidade entre o poder político e os cargos de topo na Caixa Geral de Depósitos tem uma história antiga. Desde o final da década de 1980 que a presidência e os lugares no conselho de administração do banco público têm sido partilhados entre o PS e o PSD. Recentemente, juntaram-se-lhe figuras de destaque do CDS-PP, como a ex-ministra Celeste Cardona.
A actual administração é exemplar nesse sentido. A assembleia-geral é liderada pelo ex-dirigente do PSD Paulo Mota Pinto, o conselho fiscal pelo ex-ministro do PS Guilherme de Oliveira Martins, o conselho de administração pelo também ex-ministro do PS Rui Vilar e a comissão executiva por Paulo Macedo.
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