Depois de o Tribunal Federal de La Plata ter travado o aumento do gás, ontem a juíza federal de San Martín, Martina Isabel Forns, suspendeu, de forma cautelar, o aumento de 600% nas tarifas da electricidade em toda a Argentina.
A decisão, tomada na sequência de uma «acção colectiva» contra o chamado «tarifazo», dá provimento aos recursos de amparo apresentados pela associação Consumidores Argentinos e pelo Centro de Estudos para a Promoção da Igualdade (CEPIS), que exigem o cancelamento do aumento das tarifas da luz.
A juíza Forns ordenou à Compañía Administradora del Mercado Mayorista Eléctrico (CAMMESA) «que se abstenha de aplicar o novo quadro tarifário» das resoluções 6 e 7 do Ministério da Energia e 1 da Entidade Nacional Reguladora da Electricidade, que foram suspensas, informa a Telesur.
Esta decisão judicial constitui um novo revés para o governo de Mauricio Macri, que, desde que ocupou a Casa Rosada, a 10 de Dezembro de 2015, aprovou um pacote de medidas neoliberais com forte impacto no bolso dos argentinos, em que se incluem enormes aumentos na gasolina, no gás, na electricidade e nos transportes públicos.
Confrontado com a decisão judicial, o chefe do Gabinete de Ministros, Marcos Peña, afirmou que «aquilo que não pagarem agora terão de pagar depois», noticia a Prensa Latina.
Em protesto contra as intenções do governo argentino, as políticas de ajuste e os brutais aumentos, mais de 50 sindicatos, associações e partidos políticos agendaram mobilizações nacionais de protesto para hoje e dia 9.
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