Na abertura da 40.ª edição da Festa do Avante!, que este ano teve a novidade de se realizar no novo espaço – a Quinta do Cabo – e perante milhares de pessoas, entre as quais se encontravam muitos dos construtores da Festa, o secretário-geral do PCP recordou o quadro político de há um ano, com o governo do PSD e do CDS, «sob o mandato protector do então Presidente da República, com os poderosos megafones da comunicação social dominante a proclamarem as inevitabilidades e o conformismo». Jerónimo de Sousa sublinhou a atitude do PCP de avançar com a possibilidade de uma solução política, quando «a direita se preparava para transformar uma derrota numa vitória, continuar no governo para dar cabo do resto e acelerar a política de exploração e empobrecimento» .
Havia duas questões urgentes neste contexto, afirmou o líder do PCP antes de declarar oficialmente aberta a Festa: «em primeiro lugar impedir que o governo do PSD e do CDS prosseguisse a sua política de terra queimada e, em segundo lugar, com a nova fase da vida política nacional, que fosse encetado um caminho de reposição de salários, rendimentos e direitos, reposição de horários de trabalho, salvar serviços públicos como a Saúde, a Escola Pública, o carácter universal da Segurança Social, travar privatizações anunciadas ou em curso, suster a sangria da emigração, devolver feriados roubados e abonos de família, eliminar taxas moderadoras, suster a pobreza e o número crescente de pobres».
Lembrando as «limitações e insufuciências» das medidas, sublinhou o ressurgimento de «uma janela de esperança» e da necessidade de prosseguir a reposição de salários, rendimentos e direitos, condiderando «incontornável a necessidade de uma política patriótica e de esquerda», que potencie recursos, a produção nacional, «dê valor ao trabalho com direitos, combata o desemprego e a precariedade», defenda o direito à saúde, ao ensino e a protecção na velhice e na infância. «Sim, é possível», afirmou Jerónimo de Sousa, prometendo que o PCP manterá «a palavra dada» e «não regateará nenhum esforço na sua acção e intervenção».
E abriu assim a quadragésima Festa do Avante!, com um comício que terminou com milhares a dançar ao som da famosa «Carvalhesa» e prontos para viver três dias de um programa diverso.
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