A informação foi confirmada à agência Lusa, esta segunda-feira, por uma fonte do Governo. No sábado, o Conselho de Ministros anunciou, após uma reunião extraordinária, que 121 municípios vão ficar abrangidos, a partir desta quarta-feira, por medidas mais restritivas para conter a pandemia, entre as quais se contava a proibição de feiras e mercados de levante (onde os comerciantes, todos os dias, montam as suas bancas de manhã para as desmontarem à tarde).
A reacção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) não se fez esperar, tendo considerado «incompreensível» a proibição destes espaços ao ar livre, uma vez estarem garantidas as condições de higiene e segurança recomendadas pelas autoridades, e quando permanecem em funcionamento espaços comerciais fechados e de grande afluência de público.
Por outro lado, criticou a opção do Governo e do Ministério da Agricultura de «discriminar os pequenos e médios agricultores», que têm nestas feiras e mercados um canal preferencial para venda da sua produção, sendo espaços «vitais» para assegurar o escoamento da produção agrícola familiar e estimular as economias locais e nacional.
O tema motivou também um pedido de esclarecimento ao Governo por parte do PCP. No documento, os comunistas consideraram tratar-se de um conjunto de medidas «desproporcionais» e que «vão além do estritamente necessário» para combater o novo coronavírus.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui