As associações profissionais de militares (APM), em comunicado conjunto, chamam ainda a atenção para a situação dos militares: «sem aumentos há mais de dez anos, sem promoções a tempo e horas, sem retroativos pagos à data da promoção, sem respeito pelo desempenho funcional».
As associações de oficiais (AOFA), de sargentos (ANS) e de praças (AP), para além de sublinharem que esta situação é do conhecimento do Comandante Supremo das Forças Armadas, recordam que lançaram no mês passado uma petição pública no sentido de promover a «Revisão e Alteração do Sistema Remuneratório dos Militares das Forças Armadas», e reclamam também para os militares a aplicação de «subsídios de risco a propósito da sua múltipla envolvência no combate à pandemia Covid-19», aprovados no Orçamento do Estado para 2021.
Entretanto, no período em que se multiplicam posições públicas das associações profissionais de militares criticando a falta de aumentos nos vencimentos e o sistemático atraso nas promoções, a Associação de Praças (AP) emitiu também um comunicado próprio, onde alerta para a «escassez de jovens a pretender ingressar nas Forças Armadas», criticando a perspetiva diminuta de carreira para os que «pretendam ingressar nas fileiras», para além de, por exemplo no caso da Marinha, passarem «todo o seu tempo de contrato embarcados, saltando de navio para navio».
A AP afirma ainda, no comunicado, por um lado, não aceitar que, quando se trata dos direitos, «a tutela e as chefias assobiem para o lado como se nada fosse, não dando cumprimento às leis» e, por outro, a urgência de as associações de militares possuírem «o direito de representação e negociação colectiva dos militares».
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