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Fnac empurra trabalhadores para o salário mínimo

O ordenado base dos trabalhadores da Fnac, com mais de oito anos de casa, vai ser «apanhado» pelo aumento do salário mínimo nacional, uma vez que a empresa rejeita a actualização.

Loja Fnac em Alfragide. Foto de arquivo
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Depois de ser anunciado o salário mínimo nacional para 2021, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) pediu uma reunião com os recursos humanos da Fnac para discutir o caderno reivindicativo dos trabalhadores da empresa.

Entre vários assuntos, pedia-se um «justo aumento de ordenado» para todos os trabalhadores, visto que em 2020 não houve nenhuma actualização dos seus salários, à excepção dos trabalhadores que já anteriormente ganhavam o ordenado mínimo.

Em comunicado, o CESP lembra que, em 2020, os trabalhadores com seis anos de casa ficaram a receber o salário mínimo. Este ano o problema alastra para os que estão a trabalhar na empresa há mais de oito anos. Para agravar a situação, o número de trabalhadores nas lojas foi reduzido.

«Para aqueles que estão a trabalhar, o trabalho é a dobrar ou a triplicar», recebendo apenas o ordenado mínimo apesar de aumentar o risco de doenças relacionadas com o trabalho em excesso, pode ler-se na nota.

O sindicato refere que também existem directores, responsáveis de departamento, assistentes de logística, assistentes de serviço ao cliente sem aumentos salariais há muitos anos.

A estrutura sindical vai avançar com plenários em todas as lojas e armazéns no território nacional, para os trabalhadores decidirem as formas de luta a desenvolver.

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