Os operários vidreiros da empresa Santos Barosa, na Marinha Grande, entraram em greve esta segunda-feira, face à recusa da administração em negociar e à imposição de um aumento salarial de 0,5%.
A adesão à paralisação que termina esta quarta-feira foi, no geral, de 90%, fazendo-se sentir a «coragem» e «determinação» destes trabalhadores, afirmou em declarações ao AbrilAbril Etelvina Rosa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV/CGTP-IN).
«A greve foi sentida e decidida pelos trabalhadores, e só assim se conseguiu a coesão e unidade a que temos assistido», sublinhou, acrescentando que este é um sector onde o recurso à greve se reveste de uma grande dificudlade, uma vez que o vidro tem que ser produzido continuamente.
Os trabalhadores esperam, agora, que a administração reabra as negociações, uma vez que já demonstraram que não desmobilizarão e continuarão a reivindicar os seus direitos.
«Os trabalhadores têm um grande leque de reivindicações, mas para serem negociadas, pelo que não aceitam o encerramento de discussão antes de haver qualquer acordou», referiu a dirigente sindical.
A administração justifica a recusa em negociar com a «incerteza do futuro» devido ao contexto pandémico, mas os trabalhadores reafirmam que a empresa não teve impactos «drásticos», nunca colocou trabalhadores em lay-off e sempre vendeu.
A empresa com 504 trabalhadores, que pertencia à família Santos Barosa até final de 2017, foi integrada no grupo ibérico Vidrala em 2018.
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