Numa extensa Carta Aberta, a ASPP alerta para a crescente falta de efectivos na PSP, transversal a todas as unidades, «e que está na origem desta conjuntura irreal, muito próxima do colapso», ao mesmo tempo que desafia os comandantes, por um lado, à reflexão e ao esclarecimento sobre «quais as tarefas que podemos e devemos realmente fazer, e principalmente quais as tarefas que temos decididamente de afastar». Por outro, a defenderem «os mais elementares direitos dos homens que lideram», nomeadamente «os horários de referência», cujas violações diárias repercutem na «vida pessoal e familiar dos polícias».
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), para além de chamar a atenção para o facto de estar «mais que provado que o discurso estatístico já só serve para embelezar cerimónias e reuniões com o poder político e que afecta a verdadeira missão da polícia», sublinha a legitimidade de «os polícias criarem expectativas em relação ao aconchego do topo da hierarquia quando dão tudo de si».
A ASPP apela aos comandantes para criarem «justas condições sócio laborais aos polícias», dinamizarem «uma realidade laboral ajustada ao possível, não ao impossível», com «posições claras e contrárias ao “tradicional servilismo português”, pessoal e institucional», assumirem «que nem tudo está bem» e, nesse sentido, não agirem «como se estivesse».
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