A campanha terá início esta quinta-feira, no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, e vai estender-se ainda durante este mês aos aeroportos de Lisboa, dia 28, e Faro, no dia seguinte, com o objectivo de dar a conhecer a realidade com que se confrontam os profissionais das forças de segurança, nomeadamente a estagnação salarial.
«809 euros mensais, sem reconhecimento pelo trabalho nocturno e aos fins-de-semana, sem a devida atenção pela condição de risco inerente à profissão, sem uma progressão na carreira que valorize e incentive o trabalho e a dedicação, sem condições laborais dignas, nomeadamente no que se refere a instalações e equipamentos, sem formação e apoio suficientes para gerir conflitos enraizados na diversidade cultural hoje existente no nosso território, sem harmonização da gestão dos recursos humanos, muito menos no aproveitamento dos talentos e características singulares de cada agente, com um escrutínio social e institucional constante, que quase sempre tende a desvalorizar a atividade policial, a maior parte das vezes por desconhecimento das precárias condições em que ele se desenvolve, com uma exagerada e impiedosa censura disciplinar interna». Esta é a realidade que a ASPP pretende dar a conhecer e uma das razões de propor ao Governo a «abertura de um processo negocial para alteração aos índices remuneratórios em vigor», considerando que a dignificação da carreira e o aumento da atractividade passará pelo aumento dos salários.
A ASPP considera que «os polícias continuam cidadãos menores», com direitos constitucionais restringidos, «sem nada merecerem de concreto que vá ao encontro dos seus justos anseios, de modo que possam servir com dignidade e eficácia a população», para além dos elogios retóricos à sua coragem e abnegação.
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