Foi um mês intenso na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. A Associação de Estudantes, como já tem sido hábito, marcou um mês reivindicativo que se iniciou no dia 3 de Outubro e ao longo das últimas semanas tem vindo a desenvolver diversas actividades de carácter reivindicativo.
De acordo com a nota de imprensa, a primeira semana do mês contou com dois dias de pintura de faixas. As faixas, cada uma com 20 metros, incidiam sobre a questão do alojamento estudantil e sobre as propinas, taxas e emolumentos. Ao que parece, a Direcção da Faculdade não ficou agradada e mandou retirar as faixas passado algumas horas.
Na segunda semana foi realizada uma Reunião Geral de Alunos (RGA), que contou com a apresentação de uma moção de luta e sua aprovação por unanimidade. O documento aprovado exigia o reforço da Acção Social, contra o aumento do preço da refeição social e pelo direito de todos os estudantes a um alojamento público e de qualidade, o fim das propinas em todos os ciclos e o recongelamento dos juros de mora cobrados; e o fim de todo o tipo de taxas e emolumentos, bem como o reforço do financiamento público ao Ensino Superior.
Na terceira semana foi realizada uma Tribuna Pública, que contou com a actuação da Real Tuna Académica NeOlisipo. Nesse espaço houve diversas intervenções de estudantes que exigiam mais condições materiais, mais espaços de estudo ou o fim das propinas e com testemunhos de estudantes que são confrontados com a falta de condições nas residências.
Na quarta semana realizou-se de um convívio que fora proibido pela Direcção da Faculdade de se realizar no pátio. Desta feita, a Associação de Estudante, não abrindo mão do direito à recreação e fruição cultural, realizou no seu espaço, um conjunto de concertos de artistas que são também estudantes da faculdade.
O mês de luta irá terminar nesta próxima semana, na quinta feira, pelas 14h, com uma concentração, pelo direito Faculdade e por um Ensino Superior, Público, Gratuito e Democrático. A acção terá a entrega de uma Carta Aberta da comunidade estudantil, com mais de mais de 1000 assinatura, ao Director da FCSH e ao Reitor da UNL. O documento contém um levantamento de problemas feito no início do semestre e consiste naqueles que são os problemas e aspirações da comunidade estudantil.
Ao AbrilAbril, José Pinho, presidente da AEFCSH, disse que «esta tem sido a acção que marca a postura da AEFCSH. Há um conjunto de problemas que temos vindo a alertar ao longo dos anos e sempre dissemos que eram necessárias mudanças ou caso contrário os estudantes iriam sofrer. Nós, mais uma vez, não faltamos à chamada. O momento exige uma acção reivindicativa e a AEFCSH cá está. Sabemos que a transformação não cai do céu. Reside na unidade entre todos os estudantes».
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