Em negociação com o CESP, a UACS, associação patronal, adia constantemente aumento dos salários e quer avançar para retirada de direitos e impede a revisão do contrato colectivo de trabalho do comércio retalhista em Lisboa.
Não há justificação para a posição do UACS, a associação patronal do sector de comércio e serviços. O conhecido aumento do custo de vida tem alargado as margens do sector em que está assente grande parte da economia portuguesa, no entanto os trabalhadores são confrontados com baixos salários e precariedade.
Tendo isto em conta, a UACS após três reuniões com o CESP em torno do contrato colectivo de trabalho dos trabalhadores do comércio retalhista de Lisboa, que não é revisto desde 2008, continua a não responder à exigência de aumentos salariais. Tal leva a que milhares de trabalhadores levem para casa o salário mínimo nacional.
Como se tal não fosse suficiente, as intenções do patronato passam ainda por mudar o pagamento do trabalho noturno, passando-o das 20 horas para as 21 horas e ainda, nas microempresas, garantir que caso não haja acordo entre os trabalhadores e o patrão na marcação de férias, este possa marcar o mês completo de Janeiro a Dezembro e não como está na lei, de 1 de Maio a 31 de Outubro.
O Sindicato insiste que é necessário garantir condições para que os trabalhadores possam conciliar a vida profissional com a familiar e pessoal, e como tal defende que é urgente rever o contrato colectivo de trabalho, actualizá-lo face à realidade e defender, assim, os interesses dos trabalhadores.
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