Não são só os partidos que lutam por Abril que identificam o Serviço Nacional de Saúde como uma conquista da revolução. A direita também o identifica e por isso mesmo é que a sua política vai no sentido de atacar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa lógica de ajuste de contas com as conquistas da revolução e procurando dar o monopólio aos grupos económicos que vêem na doença um negócio.
Não há dúvidas que o SNS tem vindo a ser atacado e vários têm sido os intervenientes na resposta: médicos, enfermeiros, comissões de utentes, entre outros. Agora, é a vez da CGTP-IN, enquanto central sindical de classe, dar o mote que juntará todos aqueles que visam defender o direito à saúde.
No que se pode ler no documento da central sindical, esta considera que o SNS «é a única garantia [de] que todos podem ter tratamento igual» e que «a sua defesa, exigindo investimento e melhoria das suas respostas tem que ser uma luta de todos e para todos». É neste sentido que é definida a luta levada a cabo «por mais meios, humanos, técnicos e financeiros; por uma organização que assegure a todos o acesso ao SNS e através dele, a cuidados globais, integrados, de qualidade e em tempo útil; pela valorização de todos os profissionais; Por um SNS Público, Universal, Gratuito».
Para isto, segundo a visão da Intersindical Nacional, é necessário meter um fim a «décadas de política de direita na saúde, que hoje não é alterada pelas opções do actual Governo PS». As consequências são óbvias e passam por falta de profissionais de saúde, falta de valorização dos mesmos, carência de equipamentos, falhas de resposta aos utentes ou longas filas de espera para especialidades.
No lugar do desinvestimento no SNS e aproveitamento das dificuldades neste, a CGTP considera que «os Grupos Económicos constroem grandes unidades a contar com o dinheiro de todos, mesmo que, quando é preciso, a resposta tenha que ser encontrada no SNS, como aconteceu durante a Covid-19».
É neste sentido que foram lançadas mais de 30 acções no âmbito da Jornada Nacional de Defesa e Reforço do SNS. Para a CGTP, «não é no sector privado que está a solução para o Direito à Protecção da Saúde dos portugueses: é no SNS!».
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