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Na IP, patronato apresenta propostas de desvalorização salarial

A administração da IP apresentou aos trabalhadores cinco opções de actualização dos salários e mais duas por email. Há, no entanto, um elemento em comum em todas: os aumentos são inferiores à inflação, o que significa uma redução do salário real.

Comboios parados na estação de Santa Apolónia
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Está em marcha um processo negocial em torno de aumentos salariais entre trabalhadores da IP e a administração da empresa. Como seria de esperar, o processo não está fácil, até porque de acordo com Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, o patronato está a seguir as orientações do Governo, ou seja, as «contas certas».

Segundo o sindicato, a administração da IP, apresentou-se na mesa de negociação no passado dia 12 «não com uma, não com duas, não com três, mas com cinco opções de actualização dos salários, a que acrescentou mais duas enviadas por correio electrónico». Após análise da estrutura sindical, chega-se à conclusão que todas as propostas têm como elemento comum a redução do salário real.

O sindicato afecto à FECTRANS afirma que tal como na CP, assiste-se a uma imposição do Governo com orientações para as administrações e não a uma negociação, dada a falta de margem verificada. Segundo os mesmos, o proposto assenta em valores abaixo da inflação de 2023 que foi de 4,3%, enquanto as rendas aumentaram 6,94% e as taxas de juro impactam as famílias.

As cinco opções são as seguintes determinam, então, que todas têm em comum a fixação do salário mínimo em 900€ na IP, o que abrange uma fatia muito pequena de trabalhadores. Para o sindicato fica claro que o objectivo passa por aproximar os salários ao Salário Mínimo Nacional e seria necessário aumentar todos os restantes da empresa.

Há uma próxima ronda negocial no próximo dia 18 de Janeiro, mas para já, os trabalhadores reiteram que «é preciso o crescimento significativo do salário e a redução do horário de trabalho e por isso, é necessário um verdadeiro processo negocial e não a imposição».
 

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