«Há dinheiro e há soluções», reitera o STAL depois de ter realizado o seu Plenário Nacional. A acção que contou com mais de 500 delegados e dirigentes sindicais, foi um momento alto na vida da estrutura sindical que através da discussão colectiva fez uma análise a avaliação da situação política do país.
No plenário foram abordados os principais problemas com que se debatem os trabalhadores da Administração Local, como os salários baixos, falta de condições de trabalho dignas, ataques à liberdade do exercício sindical, precariedade ou incumprimento de acordos assinados.
A análise vai de encontro com a realidade, já que, de acordo com o STAL, «os trabalhadores da Administração Pública, em Portugal, ganham, em média, cerca de metade do salário dos seus congéneres em outros países da União Europeia». O mesmo conclui que desde 2009, os trabalhadores do sector em questão, perderam, em média, o equivalente a três salários e só entre Abril de 2022 e de 2023, sofreram, em média, uma quebra real do salário de 5,1%.
Os trabalhadores cruzam assim estes elementos de desvalorização das carreiras e salários com a propaganda do Governo. O executivo do PS vangloria-se de em 2023 ter registado um crescimento económico de 2,1%, mas a questão é que isso não se materializa na carteira dos trabalhadores da Administração Pública, e em particular os da Administração Local.
A discussão, como não podia deixar de ser, passou também pelo momento político que se atravessa. Para o meio milhar de delegados e dirigentes sindicais presentes no plenário, é necessária uma ruptura com o «empobrecimento imposto pelas políticas de direita adoptadas pelos sucessivos governos do PS e PSD/CDS, com a conivência da IL e do CH».
Para o sindicato, delegados e dirigentes sindicais, os trabalhadores podem combater este tipo de política já no dia 10 de Março e com o seu voto podem rejeitar «o caminho seguido até aqui, elegendo deputados que garantam a sua dignidade e valorização profissional, que defendam os seus direitos e que estejam solidários com as suas lutas e reivindicações».
Apesar deste momento importante para o destino do país, o STAL reafirmou o seu compromisso de continuar a luta e de a intensificar, sendo que avançou já com um pré-aviso de greve a todo o trabalho extraordinário por tempo indeterminado.
Segundo o mesmo, é necessário um aumento salarial de 15%, num mínimo de 150 euros, para todos os trabalhadores; um aumento do salário mínimo na Administração Pública para 1000 euros este ano ou a actualização do subsídio de refeição para os 10,50 euros.
No Plenário Nacional, os presentes aprovaram uma resolução onde estão definidas as prioridades reivindicativas da Administração Local e já o entregaram na Secretaria de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território.
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