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Motoristas do Grupo Arriva alertam na Corunha para mau estado da frota

Numa concentração realizada esta quinta-feira na estação de autocarros da Corunha, motoristas do Grupo Arriva denunciaram publicamente o mau estado da frota de viaturas e exigiram maior controlo à Xunta.

Concentração de motoristas do Grupo Arriva na estação de autocarros da Corunha, a 15 de Fevereiro de 2024 
Créditos / CIG

Com a iniciativa, lê-se no portal da Confederação Intersindical Galega (CIG), os trabalhadores pretenderam também pedir à empresa que «encontre uma solução, de modo a evitar riscos para a segurança rodoviária», e exigir à Xunta que assuma um maior controlo no que respeita ao cumprimento das «condições contratuais» do transporte rodoviário de passageiros.

A frota de autocarros é antiga e não cumpre os parâmetros previstos no caderno de encargos, uma vez que este estipula uma «antiguidade de seis a oito anos», e os autocarros do Grupo Arriva «têm em média 12 anos», alertou Xesús Pastoriza, responsável da CIG pelos Transportes.

Ter autocarros desta idade exige uma maior manutenção, «que não está a ser realizada porque a empresa não tem oficinas dimensionadas para a frota actual, composta por cerca de 150 autocarros», disse Pastoriza, acrescentando que «seria necessário muito mais pessoal nas oficinas para fazer uma manutenção adequada».

Esta é uma das razões – explicou – pelas quais as avarias nos veículos são contínuas e não é pouco comum ver autocarros parados nas estradas.

«Entendemos que é uma questão que precisa de ser resolvida imediatamente porque está em risco a segurança rodoviária. Não podemos esperar por um acidente com vítimas», alertou, tendo explicado que o «problema» já foi abordado na comissão de segurança por várias vezes, sem que a empresa tenha corrigido alguma coisa. Perante este cenário, os trabalhadores decidiram realizar esta primeira mobilização.

O dirigente sindical disse ainda que este problema não é um exclusivo do Grupo Arriva, e que situações semelhantes ocorrem noutras grandes empresas do sector, como Monbus ou Alsa. Neste sentido, reiterou a exigência à Xunta da Galiza para que esteja atenta e actue quando se dão casos de incumprimento do caderno de encargos.

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