O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN) revela que, na semana passada, remeteu às entidades interessadas o pré-aviso de greve dos trabalhadores da Nobre Alimentação para o próximo dia 19 de Março, na unidade de Rio Maior, durante todo o dia. É mais uma paralisação, adianta, contra a «inexplicável irredutibilidade» da administração da Nobre em negociar o caderno reivindicativo, onde elencam exigências como um aumento salarial de 150 euros.
Reunião com a Administração sem avanços nos direitos ou reforço dos salários. Os trabalhadores da Nobre Alimentação, em Rio Maior, mantêm a greve de dois dias marcada para os dias 2 e 3 de Novembro. Os trabalhadores vão concentrar-se em frente à fábrica da Nobre, em Rio Maior, na manhã de 2 de Novembro, para denunciar publicamente a situação que vivem na empresa, e contarão com a presença solidária da Secretária Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha. A administração daquela empresa do sector das carnes não respondeu nem fez qualquer contraproposta ao Caderno Reivindicativo dos trabalhadores, «limitando-se a alimentar um ambiente de chantagem, já gasto», e «culpabilizando a luta dos Trabalhadores por uma possível apresentação de resultados menos positivos», informa o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN). Na reunião, ocorrida no passado dia 20 de Outubro, a Administração assumiu ainda que, por decisão própria, não disponibilizou ainda ao sindicato, conforme é obrigada, o relatório único de 2022. Esta será a sétima greve na Nobre Alimentação desde Janeiro. Os trabalhadores estão em luta por aumento dos salários e do subsídio de refeição, a actualização e reenquadramento das categorias profissionais, a valorização da antiguidade por aplicação de diuturnidades, o alargamento do período de férias para 25 dias, bem como o direito a folga no dia de aniversário e, acima de tudo, a negociação e aplicação de um contrato colectivo. O sector das carnes está sem contratação colectiva devido à caducidade da regulamentação anterior, invocada pelos patrões do sector, a que os Governos PSD / CDS deram cobertura e o PS mantém, deixando em suspenso um pedido de mediação apresentado há mais de 5 anos pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT/CGTP-IN). Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores da Nobre não vão encher chouriços
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De acordo com a estrutura sindical, a decisão de avançar para a greve foi tomada por unanimidade pelos mais de 300 trabalhadores que se reuniram, em plenários, no dia 28 de Fevereiro. A valorização do subsídio de refeição e de trabalho nocturno, a implementação de diuturnidades, o direito a 25 dias de férias e o fim do recurso à contratação precária são outras reivindicações dos trabalhadores da fábrica de produtos de charcutaria.
Segundo o SINTAB, na última reunião a administração «desconsiderou todas as reivindicações» que garantiriam uma melhoria dos rendimentos dos trabalhadores, «mantendo apenas sugestões de possibilidade de intervenção nas condições dos balneários e da cantina, mas sem efectivar prazos nem valores de investimento, o que rapidamente se percebeu ser apenas um artifício ou manobra de diversão».
«A administração escuda-se num relatório interno de gestão de menor incremento do volume de negócios, mas sem nunca referir os resultados líquidos, já que esses são altamente positivos e deveriam ter reflexo nos salários», regista.
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