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CIG nas ruas das sete cidades, pelo direito a uma reforma digna para todos

A central sindical galega promoveu a realização de assembleias de delegados para analisar a reforma das pensões que o governo espanhol prepara, bem como mobilizações junto às sedes da Segurança Social.

Manifestação em Vigo pelo direito a uma reforma digna Créditos / CIG

Centenas de delegados da Confederação Intersindical Galega (CIG) vieram para as ruas das sete cidades da Galiza, esta quarta-feira, para «reivindicar a garantia do direito a uma reforma digna para todos», num contexto em que o executivo espanhol está a preparar, com os sindicatos CCOO e UGT, alterações aos regimes de reforma parcial e antecipada que «ameaçam introduzir novos cortes no sistema público de pensões».

Segundo refere no seu portal, a central sindical galega pôs em marcha uma campanha para reivindicar transparência, tendo em conta a falta de informação sobre aquilo que está a ser negociado no âmbito da chamada «concertação social».

Concentração em Compostela / CIG

Paulo Carril, secretário-geral da CIG – que participou numa assembleia de delegados em Pontevedra –, afirmou que, «apesar de se tratar de uma questão tão importante como o direito a uma reforma digna», a negociação entre governo espanhol, UGT e CCOO é «obscurantista».

Neste sentido, lamentou que, menos de 15 meses após a última reforma do sistema público de pensões, que endureceu as condições de acesso a uma prestação digna, se esteja a negociar de «forma ilegal» o fim da reforma parcial aos 61 anos, um direito que ainda tem o pessoal da indústria manufatureira, passando-a para os 63 anos.

Carril lembrou que a CIG teve uma reunião recente com o secretário de Estado da Segurança Social e Pensões, «na qual confirmou o pior das versões que tinha sobre a reforma», pelo que apelou ao debate desta matéria nos centros de trabalho e à exigência de «clareza, para que não nos metam pela porta de trás uma nova reforma que implique mais cortes».

Concentração em Corunha / CIG

Além disso, insistiu na exigência da CIG de que a reforma parcial aos 61 anos seja um direito de todos os trabalhadores; na necessidade de que a idade da reforma volte aos 65 anos, e de que esta seja voluntária para todas os trabalhadores que, independentemente da idade, tenham 35 anos de carreira contributiva para a Segurança Social.

Antes das mobilizações frente às sedes do Instituto Nacional da Segurança Social (INSS) nas sete cidades – Compostela, Corunha, Ferrol, Lugo, Ourense, Pontevedra e Vigo –, a central sindical galega celebrou assembleias para analisar o conteúdo da reforma.

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