Os primeiros registos escritos conhecidos da história da China datam de 1250 a.C., mas o que é hoje assinalado é uma nova fase histórica alcançada através de um processo revolucionário que libertou o país das amarras do feudalismo, do atraso e do obscurantismo.
Há 75 anos nasceu a República Popular da China. O maior país da Ásia Oriental e o segundo mais populoso do mundo, que é neste momento uma das maiores potências mundiais e que num curto espaço de tempo alcançou níveis de desenvolvimento inéditos na história da humanidade. Com avanços e recuos, o caminho trilhado pela China obedece a uma reflexão própria, com valores próprios e uma visão própria.
Para assinalar este marco, o presidente chinês, Xi Jinping, realizou um discurso no Grande Salão do Povo, em Pequim, no qual reiterou os passos que o seu país deve dar, enquadrados nos objectivos que tem para a humanidade.
Xi Jinping começou por abordar elementos da política externa da China e a sua missão de salvaguardar a paz mundial e promover o desenvolvimento comum, garantindo que Pequim irá sempre promover os valores comuns da humanidade e defender um mundo multipolar igualitário e ordenado.
A par destes objectivos, o presidente chinês disse ainda que o seu país continuará a desempenhar um papel activo na reforma e no desenvolvimento da governação mundial e esforçar-se-á por construir uma comunidade com um futuro comum para a humanidade.
Este elemento não surge desligado do próprio caminho que a China deve fazer, uma vez que no seu ponto de vista «ao fazer avançar a modernização chinesa, devemos aderir ao caminho do desenvolvimento pacífico», disse aos presentes no Grande Salão do Povo.
«Estaremos sempre do lado correto da história e do progresso humano», afirmou Xi, sustentando esta garantia na busca pela paz, pelo desenvolvimento, pela cooperação e pelo benefício mútuo.
Já relativamente a questões internas e procurando dar expressão à data, Xi Jinping destacou que a melhor forma de celebrar o aniversário da República Popular da China passa levar por diante a causa revolucionária que guia a nação, transformar a China num grande país socialista moderno em todos os aspectos e avançar no rejuvenescimento em todas as frentes, prosseguindo a modernização chinesa.
Para tais objetivos, o também secretário-geral do Partido Comunista Chinês defende que é importante reforçar o papel do partido, como também envolver os trabalhadores nesse processo: «asseguraremos que o desenvolvimento futuro e o progresso do nosso país estão nas mãos do povo chinês».
«Nunca devemos esquecer que o povo está sempre em primeiro lugar. Tudo o que fazemos deve ser para o povo, e devemos confiar no povo em tudo o que fazemos. Devemos assegurar que todo o povo chinês beneficiará da nossa causa conjunta de promoção da reforma e do desenvolvimento», relembrou.
No seu discurso, o presidente da China não passou ao lado da questão taiwanesa e, reiterando a doutrina «um país, dois sistemas», sublinhou que as pessoas de ambos os lados do estreito de Taiwan são membros de uma mesma família ligada pelo sangue e que «o sangue é mais espesso do que a água».
«Salvaguardaremos e promoveremos resolutamente a prosperidade e a estabilidade a longo prazo de Hong Kong e de Macau. Com o forte apoio da pátria, os nossos compatriotas de Hong Kong e Macau criarão certamente um futuro ainda mais brilhante», prometeu também Xi relativamente às duas regiões com um elevado grau de autonomia.
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