O responsável da PSMA, Mustafa Siyam, disse à agência Anadolu que entre os mortos nos ataques israelitas se encontravam 369 jogadores de futebol, 105 membros de organizações de olheiros e 234 atletas de várias federações desportivas.
Acrescentou que os números divulgados não são definitivos, devido aos ataques aéreos em curso, à existência de pessoas desaparecidas sob os escombros e ao acesso limitado a determinadas áreas.
Entre as vítimas mais recentes, contam-se Ahmed Haroun, treinador do Clube de Andebol al-Ribat, morto pela artilharia israelita no campo de refugiados de Nuseirat, e Anas al-Dabaji, um jovem jogador de futebol, que jogava em clubes de Deir al-Balah e al-Jalaa, e foi morto num ataque que atingiu a casa da sua família.
O responsável revelou que Israel também destruiu, parcial ou totalmente, 273 instalações desportivas, incluindo estádios, ginásios e espaços de clubes.
Siyam acusou Israel de atingir deliberadamente os desportos palestinianos enquanto parte do tecido social e cultural de Gaza, e descreveu os ataques como um «desafio existencial» para o desporto.
«Estes ataques terão um impacto significativo no futuro do desporto palestiniano na Faixa de Gaza e terão efeitos devastadores em milhares de atletas», disse Siyam à agência turca.
Numa outra parte das suas declarações, Mustafa Siyam exigiu à chamada comunidade internacional e às federações desportivas mundiais que «tomem medidas imediatas para pôr termo às violações de Israel e proteger os atletas e as instalações desportivas palestinianos».
Estas informações, vindas a público este domingo, enquadram-se no contexto da ofensiva incessante e indiscriminada das forças de ocupação israelitas contra a Faixa de Gaza cercada e arrasada, apesar dos apelos generalizados à implementação de um cessar-fogo imediato e de medidas que permitam aliviar a grave situação humanitária no terreno.
De acordo com as autoridades sanitárias, a ofensiva israelita em curso provocou a morte a pelo menos 46 584 palestinianos e deixou feridos 109 371. Além disso, estima-se que milhares de vítimas estejam sob os escombros.
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